sequeira
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Re:Qualidade e Equidade em Educação - 12/12/06 17:12
2.2 - Como fazer os alunos aprenderem mais e melhor?
Como pai com 61 anos e frequência do ensino superior que acompanhou o filho até ao 9º ano e assistiu à inépcia do ensino terei possivelmente muitas queixas e quiçá poucas soluções. Mas também fui aluno até ao 7º ano antigo após o qual havia o ingresso na faculdade com exame às nucleares se se não tiveese dispensado. Assim, tenho a experiência dum ensino pateticamente tolerante e incompleto e tive a experiência dum ensino deveras exigente e trabalhoso. Se, depois de conhecer os dois me pedissem para escolher entre os dois um ensino para o meu filho, não tenho dúvida em dizer que escolheria sem mais delongas o ensino a que fui sujeito. Por aqui se pode desde já concluir que sem muito trabalho, sem muito exercício de memória, com calculadora na mão por tudo e por nada, com os programos todos os anos por acabar, com pouca leitura, com erros ortográficos e capacidade de redacção sofrível ou má, sem espírito de sacrifício, sem auto-disciplina,sem resistência ao esforço, não pode haver sucesso! Depois há professores e professores. Há os que sem perderem o respeito dos seus alunos e a exigênhcia são capazes de estimular e transmitir o gosto pela disciplina motivando o trabalho e a colaboraçãodos seus alunos.Sempre ouvi dizer que o bom professor não essencial e necessáriamente aquele que sabe muito, uma sumidade, mas aquele que sabe ensinar! Depois, a meu ver é fundamental que na mesma disciplina o aluno não ande a conhecer um professor diferente todos os anos. O mesmo se deve passar com o compêndio de estude para que se torne familiar ao aluno. Julgo que o gosto pelas ciências, fisico-química, matemática, ciencias naturais será tanto maior quanto maior for o trabalho laboratorial e ou em contacto com a natureza através da observação, manipulação. Em pleno campo o aluno talvez se aperceba melhor da necessidade do cálculo, da orientação, dos fenómenos químicos, da necessecidade do estudo dos animais e plantas, etc. Para além disso temos hoje um recurso que aqui Há poucos anos não havia, a Internet. No meu entender os alunos deveriam ter exame no 4º ano versando toda a matéria supostamente aprendida. No 7º ano deveriam ter de novo exames versando toda a matéria at´r aí assimilado em especial, isto é, essencialmente a do 6 e 7º anos.No 9º ano os exames versariam sobre as matérias das, mas utilizando evidentemente bases anteriormente apreendidas. O mesmo deveria acontecer no 11º ano e ou 12º! E é evidente que todos os anos os testes teriam cada vez mais matéria à medidade que o ano lectivo avançava! Este exercício de preparação para os testes e exames finais durante uma vida escolar dariam aos alunos um arcaboiço, uma capacidade de trabalho, uma capacidade de memorização, disciplina, resistência ao esforço, poder mental e psicológico, domínio e segurança em si próprios que depois o ingresso na faculdade e o seu progresso seriam mera consequência! Ingressar na faculdade e sobretudo sair de lá, não constituiria como acontece hoje para muitos que, não obstante mal preparados , lá chegam uma tarefa árdua, quantas vezes dificílima de superar! Uma maior proximidade entre aluno e professor deveria ser desejável dentro do devido respeito. A proximidade entre professores e pais deve também ser estimulada sem que se queira fazer dos pais explicadores dos filhos! A necessidade de recurso a explicações não deveria ser um lugar comum como vem sendo num aluno regular! Entendo também que toda a escola a partir do 4º ano deveria ter apoio psicológico e assistente social. Entretanto as cantinas teriam que ser orientadas por nutricionistas banindo-se do dia a dia toda a porcaria que hoje é mais vulgar ver-se à venda provocando maus hábitos alimentares, má nutrição e obesidade! Terminaria que urge criar o gosto pelo trabalho, pelo esforço face ao exito esperado em vez de gente incapaz de resistir ao esforço, à luta por uma nota muito melhor do que aquela que apenas é suficiente para passar! O treino e o gosto para atingir mais e melhor, cria-se, estimula-se, acarinha-se desde a primária e premeia-se com frequência! Mas também sem professores com o real gosto e vocação por sê-lo, com são os mercenários do ensino, não iremos nunca muito longe! Está em causa o sistema e não só os eternos piões das nicas, os alunos, as crianças! Urge também que o professor se assuma como educador por inerência e tenha a capacidade de sê-lo! Todos sabemos que para muitos alunos os seus professores podem ser os exemplos mais positivos e visíveis que têm na sua vida! Quantos de nós não recorda com saudade, respeito e carinho professores que às vezes até eram exigentes e nem eram generosos nas notas? Hoje eu recordo o meu professor de português desde o 1º ano até ao 5º, o Sr. Dr. Noronha! Conseguiu que eu acabasse por gostar de tentar dividir as orações n'Os Lusíadas e encantava-me com a mitologia que lhe era inerente!
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