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Comunidades locais - 22/05/06 12:05 Que podem (e vão) as comunidades locais fazer mais pelas suas escolas?
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Re:Comunidades locais - 30/05/06 10:05 Permitam-me questionar a própria pergunta. Não deveríamos querer saber o que poderão fazer as escolas pelas comunidades?
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Re:Comunidades locais - 07/06/06 15:06 joaopedrocosta escreveu:
Permitam-me questionar a própria pergunta. Não deveríamos querer saber o que poderão fazer as escolas pelas comunidades?

Pois é, uma outra forma de vêr. Quem sabe, um dia, os mudos falarão aos surdos!
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Re:Comunidades locais - 16/06/06 19:06 Quando os surdos não querem ouvir não há mudo que se cure. Por acaso até acho que a distinção entre escola e comunidade não se deveria existir pois ambas deveriam estar em sintonia, buscar a prossecussão de objectivos comuns; se ela se refere é porque é real. Actualmente os valores defendidos e propagados na escola encontram-se desacreditados: o trabalho, a força de vontade, a organização, o gosto pelo saber encontram-se substituídos pela "esperteza", pelo "desenrasca", pelo oportunismo. Essas atitudes grassam na nossa sociedade, são um modo de estar que se generalizou porque já ninguém acredita que ser-se honesto e trabalhador é importante para o sucesso. Por que razão os cidadãos em geral não se envergonham da sua falta de civismo quando deitam lixo para o chão, estacionam bloqueando outro carros ou não deixam passar quem está na passadeira? O exemplo é uma forma poderosa de educar e quando os valores humanos, cívicos e ambientais não são uma prática corrente na sociedade, o que se espera da escola, que se renda e abdique deles? Esta é uma das causas para o tão falado fracasso da escola, ter deixado de ser um referente em termos éticos, e agora ainda mais, com o a campanha de desacreditação de que tem sido alvo.
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Re:Comunidades locais - 07/09/06 06:09 Passei por aqui quase por acaso, agradeço a ocasião para reflectir e deixo um contributo.
É sobre o exemplo. Folgo por sentir que quase todos valorizam o exemplo, e sorrio por verificar que como sempre temos dificuldade em reparar no exemplo que nós próprios damos quando lamentamos o "mau exemplo" da valorização a "esperteza saloia", atitude que vamos considerando comum (e é) e inevitável (o que só é pelo nosso próprio conformismo, a tal atitude exemplar e negativa que acabamos pro mostrar).
Esta atitude, que tantas vezes vestimos com a frase "não estou para chatices", é sem dúvida cómoda e até compensadora socialmente; os "chicos espertos" bem a aproveitam - basta tornarem o mais desagradável possível qualquer debate, e premiarem o mudo (e até às vezes o surdo, pois a esse tantas vezes ninguém já o ouve, também, e por isso é inofensivo).
Assim, até ficamos com um conforto moral. De mãos lavadas e ao alto, caminhamos orgulhosos acima da "suja" sociedade?
Bem, deixo-me de ironias. A sério, acho que temos a obrigação de participar, criticar e INVENTAR maneiras de melhorar a vida, combater estas visões pequeninas e atrofiantes da Feliciadade de todos, pois um país que não valoriza a aprendizagem pode encharcar-se em consumo mas não se desenvolve no território mais essencial à idependência, que é o pensamento dos seus jovens. Não é por superioridade moral, é por dívida para com aqueles que antes de nós nos ajudaram a ser, e a crescer.
Já agora, os mudos e os surdos, se o quiserem, também podem comunicar entre si. É o que acontece quando acabam por rir!
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