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perguntas a responder porque isto é um debate - 31/10/06 20:10 Já repararam que com o novo Estatuto (em discussão ainda mas que salvo reviravolta surpreendente deverá incluir a questão dos
professores titulares) vai haver fundas implicações no modelo de gestão?
Aliás na sua primeira proposta o Ministério falava da revogação da legislação de administração escolar e que só titulares poderiam
fazer parte dos órgãos de gestão. Creio que isso agora caiu mas as implicações aí ficam:
1. Se só titulares podem ser coordenadores de departamento só titulares podem (a manter-se a lógica actual) ser membros do
Conselho pedagógico (órgão chave da gestão, constatado que está, na prática, o fracasso das assembleias de escola).
2. Quem representará os outros professores no Conselho pedagógico (que creio que ninguém pensará extinguir como órgão de gestão)? (Nas Universidades os assistentes também têm assento nos CP, até os estudantes têm).
3. Como se fará a designação dos professores não titulares para o órgão (eleição?). Se for eleição teremos a situação caricata de que os que mandam são nomeados e os que não mandam nada podem ser eleitos.
4. No caso dos titulares nem vale a pena pensar nisso pois se são tão poucos... (de certeza teremos gente a ficar dezenas de anos em cargos sem poder sair).
5. A gestão executiva (hoje tão valorizada no discurso) também será reservada só para professores titulares?
6. A este propósito pergunto e os professores que hoje estão em executivos e não são titulares (ou pior os que até tem formação especializada em gestão escolar e não são titulares)?
7. Com um modelo hierárquico de carreira não estaremos a entrar num modelo hierárquico de gestão?
8. Isto para já não falar do caso caricato dos Directores de Turma em que um professor "não-titular" pode exercer o cargo mas não pode coordenar o grupo dos directores de turma.
Assim, podemos ter a situação interessantíssima de, numa escola pequena em que todos os titulares estejam ocupados com as suas múltiplas tarefas, um seja destacado para director de turma para depois ser o seu coordenador, sendo certo que o será automaticamente ainda que os restantes não queiram e até achem que não percebe nada daquilo.
E mesmo que haja um arremedo de escolha o seu destino está traçado à partida (só ele poderá ser por lei).

Para o moderador: calculo que, como já aconteceu com outros posts meus anteriores, não vai considerar este.
Entre nós os dois: não acha que em vez das discussões estratosféricas em que este debate nacional na sua parte internet se tem deleitado não devia ser isto que num momento crítico devíamos estar a debater?
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