re:educação e Ética |  forum
 
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Re:Educação e Ética - 08/09/06 09:09 Não vou exactamente responder, vou antes reflectir sobre o mesmo assunto.
Sem dúvida, devemos reconhecer o alargamento da escolaridade obrigatória uma mais valia para todos as pessoas, mas não mais a vejo mais assim quando essa oportunidade (um direito e, acho, um dever de aceder a ela para qualquer cidadão) se transforma no que me parece está transformado: um processo de falsear qualificações, de promover resultados (apetecíveis)para as estatísticas, de priveligiar comportamentos desonestos (por parte de alunos e profissionais de ensino)....
Concordo com a sua intervenção no que respeita ao facto de se permitir validar casos de sucesso, com a realização de exames, e não de permitir aos alunos com insucesso de, pela mesma via, validar o que valem ou não, e se, de facto, o seu assumido insucesso corresponde ao não domínio do que aquele exame exigia. Eu penso que todos os alunos têm que ter a oportunidade de querer validar em exame os seus resultados; para o bem e para o mal. Isto quer dizer que todos os alunos têm que fazer exame, mesmo os reprovados (e nestes valeria a classificação de exame para efeitos de conclusão ou não da disciplina, com consequente ou não correspondência à conclusão de determinado ciclo de estudos.Todos os resultados têm que ser validados em exame e não só os de sucesso, concordo.
Mas agora há outra questão, a dos alunos não terem a possibilidade de não frequentarem a escolaridade obrigatória. Penso que a frequência deve ser obrigatória, o que penso é que não tem que estar vinculada a um diplomna de conclusão de ciclo. Esse diploma só deverá ser concedido aos que validem os seus resultados em exame e tenham sucesso (correspondente à passagem para o ciclo de estudos seguinte). Em qualquer outro caso entendo que os alunos deveriam (caso não tenham sucesso) ter direito a um diploma de frequência da escolaridade obrigatória. A não ser assim, vamos ter alunos na escola com idade para além da da escolaridade obrigatória a aguardar uma oportunidade do sistema para que o considere um aluno bem sucedido! Falo nos casos que todos conhecemos de querer passar todos os alunos à força, à custa de sucessivos planos de recuperação (sobre os quais já me pronunciei neste fórum) e que sabemos nunca irão poder validar esse (falso) sucesso num exame nacional (a maioria, pelo menos, pois foi tratado diferentemente ao longo do ciclo e, de repente, no exame é tratado como todos os outros). Esse aluno, se já está na idade, se ultrapassou o período de escolaridade obrigatória tem, a meu ver, direito a um diploma de frequência da mesma. Terá sempre a possibilidade que o sistema permite de ser incluido em outros sistemas de formação/cursos, já não contemplados pela escolaridade obrigatória.
Goreti
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Educação e Ética
jbarbo00 25/08/06 11:08
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Maria Goreti 08/09/06 09:09