Margarida Pires
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 22/06/06 22:06
Não percebo muito bem como isto funciona. Acho que tem bonecos de mais. Nunca gostei de misturar brincadeira com trabalho. Até me irrita.
Não consigo saber que alguém vai desistir e se sente só, sem dizer nada. Estou farta de afirmar que é verdade que existem maus professores mas que são uma clara minoria. Talvez seja por isso que sobressaem tanto.
Tentando não personalizar o diálogo e introduzindo algo ao forum, gostaria de salientar o facto deste forum estar muito pouco divulgado. Se o Ministério da Educação está interessado num debate alargado de forma a recolher contributos para melhorar a Educação, não lhes parece que o mínimo que poderia fazer era divulgar mais esta iniciativa?
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ikhm0001
Utilizador
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 25/06/06 22:06
Caros Colegas,
Sendo certo que alunos devem ir acumulando as competências durante o seu percurso escolar, devemos reconhecer que com o ensino que estamos a praticar na escola primária, deixamos uma grande parte dos mesmos sem as competências – chave imprescindíveis no resto do seu percurso, nomeadamente, sem a competência de ler e perceber o lido, e sem a competência de saber fazer contas de cabeça. Suponho que é desnecessário repetir que o Português e a Matemática são o fundamento de todo o resto.
Para o aluno poder adquirir a primeira, devemos proibir oficialmente o uso do método visual no ensino de leitura – p.f. veja a minha contribuição ao tópico de "Aprendizagens básicas" no fórum "qualidade e equidade em educação".
Quanto a segunda, devemos proibir completamente o uso nas aulas das máquinas de calcular, que poderão ser introduzidas quando fosse necessário para as aulas de física e química, no 8º ou 9º ano, e são desnecessárias antes disso.
Para desenvolver a capacidade de cálculo mental, deve ser exigido aos alunos da escola primária o bom conhecimento da tabuada (devem decora-la, outro remédio não há). Alem disso, devem os alunos ser obrigados de decorar os poemas nas aulas de Português, como antigamente, tanto ajuda a desenvolver a cultura de cada um, como a memória.
Com competências sólidas em leitura – digamos, 100 palavras por minuto no 2º ano da primária, competências suficientes em matemática, e memória razoavelmente desenvolvida, o aluno terá um sucesso bem melhor nos ciclos a seguir, e não ia perder tão cedo o interesse à aprendizagem.
Quanto às propostas de alterações concretamente feitas, acho que as mudanças não devem ser feitas com tanta frequência – devemos é esperar vários anos para ver se a situação vai melhorando ou não. Melhor é não alterar nada durante algum tempo para perceber o que se passa – os resultados aparecem em cerca de 5 ou 10 anos, caso temos feito as alterações ao nível dos ciclos, ou na primária.
Cumprimentos de um professor e pai de quatro filhos.
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movalente
Utilizador
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 05/07/06 23:07
Acho que sim e talvez sugerir um dia D para pôr alunos e professores a trabalhar na elaboração de contributos para este forum,
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Marcelo Teixeira
Utilizador
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 10/10/06 21:10
No contexto atual da educação superior Portuguesa, referencia-se a difusão da informação e do conhecimento por meio das novas ferramentas de ensino on-line, cada vez mais incentivadas e utilizadas nas universidades, e apontadas por muitos autores como uma alternativa para o futuro do ensino superior em Portugal. As principais razões, para tal afirmação, apoiam-se na suposição de que as novas tecnologias aplicadas à educação resolveriam os problemas de deslocamento, tempo e distância geográfica, associados aos métodos tradicionais de ensino.
O fato é que, com o ensino à distância, as universidades públicas e privadas partilham de um cenário de desafios, precisamente, por causa de uma crescente competitividade nacional no âmbito acadêmico, cada vez mais acirrada baseada em conhecimento científico e tecnológico. Tendo em vista a existência de um público estudantil mais exigente e consciente das mudanças tecnológicas, a competitividade força cada instituição de ensino superior à procura de maior diferenciação, quanto a formas inovadoras de utilização de novas tecnologias aplicadas ao processo de ensino-aprendizagem.
Por outro lado, na aprendizagem, a importância da aplicação dos recursos informáticos na comunicação educativa e didática dependerá diretamente das competências do educador na escolha de metodologias, métodos, e técnicas que melhor atendam às necessidades do aluno.
Além do mais, a postura pró-ativa do educador, quanto às novas e modernas práticas pedagógicas, incluindo a difusão do “Life-Long Learning” (Aprendendo ao Longo da Vida - novo termo usado em universidades públicas e privadas no mundo), é um fator determinante à oportunidade de se construir universidades modernas, de qualidade e equivalentes aos padrões de concorrência internacional, em todas as áreas de estudo.
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Naifer
Utilizador
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 17/10/06 20:10
Uma já muito longa carreira, iniciada ainda antes do 25 de Abril de 1974, carreira que me levou, como a muitos, a calcorrear os quatro cantos do país e a sacrifícios sem conta, deram-me, a par de alguns dissabores, mas também alegrias (o professor também as tem, com os seus alunos, a quem se devota e dedica todo o seu esforço), uma experiência grande e, sobretudo, um saber ajuizar sobre as reformas, pseudo-reformas e reorganizações (curriculares ou não) em que o nosso sistema de ensino tem sido fértil, ao ritmo de quase uma por equipa que toma assento no Ministério da Educação. E o juízo que dessas reformas, pseudo-reformas e reorganizações faço é o de que de pouco ou nada serviram. Não resultaram delas benefícios que se vejam. Pelo contrário, degradou-se até, em certos casos, o ensino. Porquê? Porque os professores pioraram, entretanto; porque não dão o melhor de si na "cruzada" pela educação, sendo os "malandros", que alguns, muitos dos quais com grandes responsabilidades, querem fazer crer? Não. Embora possa dar jeito aos que apostam em denegrir a sua imagem transformá-los em bodes expiatórios da situação a que se chegou, ela tem muitas causas e grande parte delas a residir em quem tem ou tem tido a direcção política da educação. Veja-se a legislação e a ambiguidade que, por vezes, encerra; vejam-se as contradições entre legislação aplicável à mesma situação; veja-se a inenarrável burocracia a que a aplicação de alguma conduz, tolhendo, dessa forma, a acção dos professores e desviando a sua atenção do que, para ele, é essencial, a educação... E as aulas de 90 minutos? E as de 45, com os professores e/ou os alunos a saltarem de sala para sala, com todos os inconvenientes, perdas de tempo e perturbações daí resultantes? Veja-se o regime de faltas, que para pouco mais serve do que para dar trabalho aos directores de turma, que fazem uma contabilidade de praticamente nulos efeitos. Um regime de faltas que não disciplina e que pode, até, ter um efeito pernicioso na formação do aluno, induzindo-o na ideia de que tudo na vida é um "faz de conta". E com um regime de faltas desses não há, nem pode haver, regime disciplinar que funcione... Mude-se, pois aquele regime; produzam-se melhores leis, sem ambiguidades ou contradições, e evite-se a sua proliferação; desenvolva-se um combate sério à burocracia estúpida, isto, àquela que ultrapassa os limites do admissível; faça-se uma reorganização curricular séria, com atribuição de tempo bastante ao que é verdadeiramente estruturante e fundamental ao desenvolvimento dos nossos jovens; repense-se na duração do tempo de aula... Enfim, tomem-se as medidas que levam a um ensino de qualidade e de rigor, aquele que os que andam nesta profissão verdadeiramente querem. Porque estão cansados...
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ASilva
Utilizador
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Re:Medidas e Metas para a Educação - 17/10/06 22:10
Boa noite a todos: Sendo esta a minha primeira intervenção, espero poder contribuir, de algum modo, para lançar alguma luz, na confusão em que se encontra o 1º CEB neste país: Começo por não perceber como são feitas as colocações de professores uma vez que professores do Quadro de Zona Pedagógica, não obtêm colocação nas primeiras fases de concurso, são colocados administrativamente em escolas, muitas vezes 5/6 professores em duas vagas, alguns deles recolocados em escolas onde trabalharam no ano anterior (o que era bom) para depois serem colocados em escolas, muitas vezes distantes, em vagas temporárias, sendo as vagas iniciais ocupadas por colegas contratados. Perde-se aqui muita da motivação dos professores do QDV e muita descrença na comunidade escolar. Depois, acontece, há já muitos anos, a total ausência de financiamento do estado para as necessidades básicas de funcionamento, que vão sendo, aqui e ali, supridas com o auxílio das autarquias, nas contribuições dos pais, com as actividades organizadas pela comunidade: rifas, leilões, feiras e outras actividades similares, para as quais, hoje em dia, a escola, principal interessada, não pode contribuir, pois estamos atados de pés e mãos pela regulamentação em vigor, ou, pelo menos pela interpretação que os órgãos de gestão fazem e impõem. Em terceiro lugar pela imposição limitativa de uma carga horária imposta sem apelo nem agravo, num nível de ensino em que, entendo, ser tão importante que as aprendizagens curriculares sejam as melhores possíveis, mas que as crianças possam ter uma evoluçaõ global efectiva. Como é possível termos uma hora por semana, com hora de início e termo definidas e dia certo para se ensinar Formação Cívica? Durante uma hora, formulamos regras sociais, promovemos preocupações de solidariedade e outras formas? E durante o resto da semana, não aproveitamos os diversos factos que nos permitiriam situar esta formação na realidade, porque, temos 2h de Matemática no horário da turma? Com todas estas imposições, das quais não temos qualquer possibilidade de sair, como nos podemos candidatar ao Galardão de Professor Inovador? Todos temos os mesmos horário (diferente da mesma carga horária), os mesmos livros, os mesmos procedimentos administrativos (registos, registos e mais registos) o mesmo Projecto Curricular, que na prática, qause sempre são as transcrições do Programa e das competências definidas? Como podemos ter algum sucesso se não podemos reter um aluno (muitas vezes matriculado com pouco mais de 5 anos, ainda sem as competências mínimas necessárias para ter sucesso na aprendizagem) no final do 1º Ano e se propusermos a retenção noutro dos anos seguintes (2º e 3º) o aluno tem de continuar agregado à turma original? Será pela "violência" da separação dos colegas? Então e se o aluno for retido no 4º Ano , esta violência deixa de existir? Neste caso o aluno não acompanha os colegas no 5º Ano, mas fica, noutra turma de 4º Ano? Será que em mais algum nível de ensino existem estas particularidades? Só espero que alguém de bom senso, pense que crianças de 6,7,8 anos não façam esta pergunta num futuro muito próximo: Professor, Pai, Srª Ministra, quando é que posso brincar um bocadinho?
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