re:um povo sem memória e sem alma!não se levanta! |  forum
 
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Um povo sem memória e sem alma!Não se levanta! - 27/09/06 10:09 Será possível ler que 28% de portugueses, inquiridos por um Jornal nacional, sobre a possibilidade de tornarmos a Península Ibérica um só país, tenham respondido afirmativamente?
Afinal de que nos serve ter a mais velha definição de froneiras de Europa? De que nos serviu a Expansão Marítima? E a Restauração? E o 25 de Abril?E oito séculos de História?
Serve para estar nos livros que os alunos não lêem, porque os professores não conseguem transmitir-lhes a nossa memória colectiva ou motivá-los ao estudo do programa em 90 minutos de aulas semanais...
É vital que se repensem as cargas horárias de disciplinas clássicas, como a História.
Só se respeita o que se conhece e os portugueses não conhecem a sua História, a sua matriz e, consequentemente ,o seu potencial.
Como hão - de lutar por um país que desconhecem?
Ainda esta semana o Parlamento Europeu aprovou um relatório onde se pede que os programas escolares dos estados-membros incluam um melhor conhecimento da História e dos valores comuns dos europeus. Será que alguém de responsabilidade na planificação dos programas escolares ouviu?

Pode o governo fazer as campanhas que quiser sobre melhorar a produtividade. Não temos um sentimento de comunidade, nem de povo - essenciais à motivação nacional!
Podem ensinar todas as técnicas, exercitar a matemática, valorizar a economia, multiplicando as horas de trabalho sobre elas... Mas um povo sem "alma" não se levanta!

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Re:Um povo sem memória e sem alma!Não se levanta! - 23/10/06 16:10 Parece-me que a questão ultrapassa em muito o âmbito escolar. Concordo plenamente com a Lia e passarei a outro aspecto que também me parece relevante, o facto de a produção de conteúdos em língua portuguesa estar, nalguns sectores votada ao abandono, noutros, rendida a soluções populistas e de baixíssima qualidade. Enquanto o Teatro, o Cinema ou a Música de expressão portuguesa lutam com dificuldades em subsistir, telenovelas como a "Floribela" ou os "Morangos com açúcar" chamam audiências bastante alargadas e a programação televisiva privilegia conteúdos de proveniência anglo-saxónica. No meio disto tudo onde podemos encontrar uma identidade? Claro que há quem afirme querer a união ibérica, em cidadania e orgulho pátrio os nossos vizinhos são exemplares; a ordem e a autoridade do estado sempre atraíram aqueles que temem o debate político, receiam o confronto social e temem pelos seus privilégios ou pelo seu estatuto, e isto não é apenas uma lição da história, é humano. Agora, quem não terá ainda reparado que a produção cultural em língua espanhola é vastíssima e que esta tem um público vasto e heterogéneo? Que na vizinha Espanha muitos jovens preferem a cultura do seu país à estrangeira? Para mim isto é admirável, de facto! Claro que também há excessos, pelo menos há uns anos os filmes, na maioria ou na totalidade não sei, eram dobrados, privando os espectadores de parte da interpretação do actor. Excessos à parte, quero deixar duas perguntas:
- Como chegámos à triste situação em que estamos?
- O que poderia e deveria ser feito para a alterar?
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