orosa
Utilizador
Itens afixados: 1 | |
|
Reflexão do grupo de CFQ - 24/11/06 14:11
Reflexão sobre educação – Grupo de Ciências Físico-Químicas da Escola EB 2,3/S de Maceira
No que diz respeito à disciplina de Ciências Físico-Químicas no 3º ciclo o grupo considera que a disciplina deveria ser leccionada apenas nos 8º e 9º anos, uma vez que no 7º ano os alunos não têm ainda maturidade, capacidade de abstracção e conhecimentos ao nível da Matemática que lhes permitam desenvolver de forma consistente e sustentável as competências previstas. Com esta proposta poder-se-ia também alterar também a carga horária no 8º ano, passando a ser de 2 blocos de 90 minutos. Tendo em conta o carácter experimental da disciplina, um destes blocos deveria ser desdobrado de forma a permitir a realização de actividades laboratoriais que, com a distribuição horária actual, não é possível realizar da forma que seria desejável. Saliente-se também a grande extensão dos programas, que acaba por conduzir a aprendizagens superficiais, que não são interiorizadas nem articuladas com os diversos saberes. Esta superficialidade conduz os alunos a uma visão demasiado simplista dos fenómenos da Natureza e a uma inércia, em termos de aquisição e aprofundamento dos saberes e das competências necessárias a uma formação integral do ser humano como ser activo e empreendedor na sociedade e no mundo do trabalho. Quanto às tão discutidas áreas curriculares não disciplinares, a experiência das subscritoras na sua leccionação leva-as a considerar que Formação Cívica é um espaço curricular importante, que permite o desenvolvimento de competências sociais e a abordagem de assuntos e situações relacionadas com a turma e os seus problemas / necessidades. Na Área de Projecto apenas um professor está com a turma, no 3º ciclo, enquanto no 2º ciclo há dois docentes por turma. Ora, comparativamente, verifica-se que o número quer de disciplinas quer de professores do Conselho de Turma é maior no 3º ciclo, o que, por maioria de razão leva à necessidade de também neste ciclo serem necessários dois professores, para poderem efectuar uma maior articulação interdisciplinar e acompanhar o trabalho dos alunos de forma mais eficaz; um único professor nesta área tem grandes dificuldades em fomentar o desenvolvimento do leque de competências que é suposto estarem associadas a uma Área desta natureza. No que concerne ao Estudo Acompanhado, defendemos que esta área não deverá estar integrada no currículo da forma como está actualmente, conduzindo a ser mais uma aula inserida aleatoriamente no horário dos alunos. Deveriam, sim, ser criadas condições nas escolas para o funcionamento de salas de estudo, onde os alunos seriam acompanhados e apoiados de forma individualizada por equipas pluridisciplinares de docentes. Ao nível do ensino secundário e no que diz respeito à disciplina de Física e Química A, considera este grupo de docentes que, face à extensão e grau de dificuldade de alguns conteúdos programáticos, assim como à necessidade de realização das actividades laboratoriais e técnico-experimentais exigirem na prática lectiva uma carga horária superior à prevista pelo programa oficial do Ministério da Educação, este programa deveria ser menos extenso. Quanto ao 12º ano, a área de Ciências e Tecnologias não pode aceitar que esta disciplina seja opcional para alunos que pretendem frequentar cursos superiores que possuam no seu currículo um grande número de disciplinas ligadas à Física e à Química, tais como Medicina, Engenharias, Farmácia, Bioquímica, Biologia, Física, Química, entre outras. Para os manuais deveria haver um maior controlo, com critérios mais rígidos, de modo a uniformizar os conteúdos que aparecem nos diversos manuais das editoras. Relativamente aos exames, estes contemplam pela primeira vez aprendizagens de dois anos, pelo que a percentagem ponderada quer para a média do secundário quer para a média de acesso ao ensino superior deve ser revista, no sentido da sua redução, uma vez que o exame incide numa pequena amostra dos saberes adquiridos em dois anos.
|