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Re:Pessoas que se comportam eticamente são mais ra - 31/07/06 15:07 «A expressão ‘Educação Integral’ está associada a uma outra expressão ‘Homem Integral’, que utilizaremos para caracterizar um certo tipo ideal de homem.»

Eis confirmado o que eu escrevi acima. nenhuma tentativa de produzir «o homem ideal» pode ser outra coisa a não ser totalitária.
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Re:Escolas, Professores e Outros Profissionais - 06/08/06 17:08 ATENÇÃO À REALIDADE QUE SE VIVE NAS ESCOLAS!
Li, incrédula, as propostas presentes no Decreto-lei para alteração do Estatuto da Carreira Docente. Muitos antes de mim já se pronunciaram, e bem, sobre as questões graves e subversivas presentes no mesmo. Optei, nesta carta, por chamar a atenção sobre um ponto, referido no artigo nº 46 - Itens de Classificação. Na alínea b) encontramos a seguinte exigência: Realização das Actividades Lectivas (cumprimento dos Programas Curriculares).
Quem trabalha como eu, há anos em diversas escolas deste país, compreende a minha estupefacção perante esta exigência. Passo a explicar.

Sou professora de História, no ensino Básico, há mais de 12 anos. Tenho tido muitas dificuldades nesta profissão/missão a que me dedico. Entre elas os milhares de Km que percorri no início da minha carreira, colocada várias vezes longe da minha família com dois filhos. Não foi fácil, foi psicologicamente e fisicamente esgotante, mas suportável.
Por incrível que pareça neste momento, sinto um cansaço e um desânimo que nunca antes havia experimentado. Sinto-me "esventrada" e atacada, destituída do meu orgulho profissional e daquela motivação e alegria que sempre me invadiam quando entrava numa sala de aulas. É verdade, sempre me sentia bem na Escola. Agora já não.
Que perseguição sem precedentes é esta que este M.E. iniciou contra todos os professores deste país? Qual é o objectivo? Mudar algo? Assim? Desmerecendo e desautorizando....
Não entendo.
Em vez de nos atacar sem objectivo, quantas medidas não se poderiam implementar de valor? Muitas. Algumas até permitiriam pôr em prática parte do novo E.C.D. ...
Quer um exemplo? Tenho 7 turmas a meu cargo, isso perfaz 173 alunos, aos quais devo atender com pedagogia diferenciada e personalizada. Em grupos de 25/26 jovens, uma vez por semana com cada turma... Conhecendo os jovens de hoje, como decerto conhece, diga-me muito honestamente: acha possível?
A nossa profissão/missão é uma tarefa que nem um gestor altamente treinado, nem empresário com nervos de aço aguentaria durante um dia: levarmos com um grupo de jovens (25/26 de cada vez) sem interesse na aprendizagem, pouco educados e habituados ao entretenimento televisivo a interessarem-se pela História do seu país. Acha fácil?
De facto, muitos desses jovens, com altos défices de atenção e incapacidade de concentração, por vezes não querem e não colaboram, já para não dizer que perturbam a aprendizagem de outros. É um combate diário contra a insolência pura e simples, que nos leva grande parte do tempo disponível para as leccionações.
Responsabilizam, agora, os professores por não cumprirem os programas e, diga-me, como cumprir? A carga horária da minha disciplina está reduzida a uns míseros 90 minutos no básico, uma vez por semana. Ou seja, vejo os meus alunos quatro vezes no mês. Se fizer um teste, ou ficha de trabalho, são três semanas (uma aula de revisões, a do teste/ficha e a correcção) que passam sem avançar no programa. Consegui leccionar um pouco mais de metade do programa previsto, e olhe, há três anos que não dou uma falta. Acredite-me: não é possível esvaziar mais os conteúdos sem se perder o carácter formativo e os saberes históricos essenciais. Sendo assim como cumprir? Talvez aumentando a carga horária das disciplinas consideradas estruturantes do pensamento? Nomeadamente, Geografia, História, Matemática, Português, Ciências e as Línguas, por exemplo. Contrariamente, os alunos são sobrecarregados com 12 disciplinas diferentes, onde é fácil perderem-se com ajuda dos seus, bem conhecidos, défices de concentração.
E a História do país e do mundo, tão formativa e que contribui, e muito, para o desenvolvimento de uma cidadania consciente, para tolerância com base no conhecimento de outras culturas, para a afirmação de uma identidade nacional, para o entendimento e relativização dos conflitos, entre tantas outras competências que procura promover, vai sendo desvalorizada e desconhecida pela esmagadora maioria dos jovens deste país....
Entretanto, os professores, no meio desta má gestão curricular, são responsabilizados pelo fracasso de políticas educativas, nas quais não tiveram uma palavra a dizer.


Natália Marques
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Re:Escolas, Professores e Outros Profissionais - 11/08/06 01:08 Sou professora do ensino secundário (F.Q.). Ando nervosa. O sentimento dominante é a impotência. Não mereço. NÃO O MERECEMOS.

Se, de facto, queremos mudar o cenário na Educação, comecemos pela raiz. O fruto está a apodrecer.

Leia-se o texto de LIA (Natália Marques) para se perceber o que se passa. Não será necessário fazer uso de teorias pedagógicas fedorentas… Basta – na prática – reduzir (bastante) as turmas, reduzir o pretensiosismo dos programas (as flores) e aumentar a exigência (apostando nas sementes).

É gritante a falta de requisitos básicos – perfeitamente exigíveis e teoricamente previstos – que necessariamente devem ser adquiridos em tempo de escolaridade obrigatória.
Não será a escola a instituição que oferece – pelo treino continuado – as ferramentas que usamos ao longo da vida?

Ora os alunos que completaram o 9º ano não conseguem concentrar-se, tomar atenção (o que torna ainda mais penosas as aulas de 90 minutos…), não só porque não foram habituados desde o início, mas sobretudo porque não detêm os conhecimentos suficientes para serem cativados e quererem saber mais.

Curiosidade é uma qualidade sem mais valia actualmente.
Curiosidade e entusiasmo, precisamente o motor de qualquer acção voluntária.
A indiferença e a passividade e, portanto, o tédio, reinam entre os nossos alunos.

Talvez por estarem endemicamente ligados ao Estado Novo, há faculdades que foram totalmente desprezadas, como por exemplo, – a capacidade de memorização – patente, designadamente, no desconhecimento da tabuada, das reduções a múltiplos e submúltiplos, das conversões de unidade, dos quadrados perfeitos, das áreas e dos volumes de sólidos regulares, das datas que nos servem de ancoradouro e de referência para a construção de qualquer corpo de conhecimentos (etc., etc., etc..).

No que se refere à nossa língua-mãe (e, para os mais poetas - a nossa pátria….) os níveis de expressão oral e escrita (frases cada vez mais curtas usando um vocabulário de um domínio cada vez mais apertado) e de interpretação (evidente até na leitura dos enunciados dos problemas) atingem limites impensáveis.

A matemática, a mais “mal amada” – sofre de sintomas de iliteracia galopante: o raciocínio dedutivo elementar é arduamente conquistado, assim como os cálculos que envolvam mais do que uma ou duas operações sucessivas. Passo a passo, titubeantes, e com a ajuda da “regra de 3 simples” – a praga que infesta a minha disciplina – lá vão cantando e rindo sob o olhar condescendente dos pais que – sempre pela via mais leviana, por fácil demais –, nos atribuem a culpa de não sabermos ensinar.
A matemática, de seu étimo, aquilo que se aprende, está relegada para os mais “dotados” - dá trabalho: é preciso fazer exercícios, vejam lá!

Abstracção? nem pensar! pois que um dos maiores problemas que se coloca aos nossos alunos é resolver uma “fórmula” em ordem a uma das variáveis independentes (nunca literalmente; sempre depois de substituídas todas as variáveis…).


A facilidade com que se cumpre a escolaridade obrigatória – 9 anos de estudo – é demonstrada na falta de hábitos de trabalho, de métodos de estudo e de treino de aceitação de desafios. Os meus alunos não sabem estudar pelo manual que os pais, por vezes com alguma dificuldade, compraram logo em Setembro, “exigindo” apontamentos (sublinhados a várias cores) que substituem a leitura aborrecida de tantas letras juntas……

Se a integração de conhecimentos em um todo uno requer uma razoável maturidade que não está completamente atingida (teoricamente; na prática é um facto consumado que o grau de maturidade e de autonomia está a diminuir) em tempos de secundário, a verdade é que sem conhecimentos (soltos, desgarrados e mesmo engavetados e estanques) é impossível construir qualquer formação académica.

Assiste-se, sem armas para combater, a uma desqualificação crescente da população.
Ainda por cima, temos de suportar que nos sejam apontadas responsabilidades pela falta de educação, de formação e de conhecimentos. Tudo isto, é certo, é suposto aumentar na Escola. Mas devia começar e ser acompanhado em casa. Mas não é!
Este desinteresse e indiferença é fartamente subsidiado pelo nível cultural e socio-económico decrescente, a impunidade de actos condenáveis, o não reconhecimento de actos louváveis, o peso, o espaço e o tempo que a televisão ocupa nos lares portugueses, o vazio do conteúdo dos media, o sensacionalismo das notícias, o acesso a jogos criativos mas viciantes, a perda de hábitos de leitura (numa geração!), o processo em que se cumpriu a massificação do ensino, a indisponibilidade afectiva e efectiva (temporal) dos pais, ao número de pais divorciados, a não responsabilização dos alunos perante os pais, a escola e a sociedade, conduziram a que o sistema educativo seja considerado mais um serviço prestado pelo Estado a utentes cada vez menos cientes da sua cidadania e cada vez mais utentes armados de direitos mas raramente de deveres.

Estas circunstâncias exigem não só uma análise mas também uma actuação sistémica que não estão ao alcance (pelo menos directo) do professor. Neste domínio, as acções possíveis, terão, necessariamente, uma resposta social muito lenta que não permite a mudança que se nos revela urgente.

Na Escola, os professores do ensino secundário deparam-se com enormes dificuldades que não sabem evidenciar para possível tratamento e resolução. Somos uma classe apática, quiçá também manipulável pelo Ministério que nos tutela e pelos sindicatos que apenas oferecem uma oposição política (q.b.) em vez da contribuição para a melhoria das condições de trabalho verdadeiramente necessárias à classe que supostamente representam.

No entanto, há medidas de difícil decisão (pela coragem que exigem) mas de fácil execução – basta um simples decreto com várias alíneas:

a) Proibição de reprovar a Português e a Matemática (e História?)já que são instrumentos que traduzem o que nos vai na alma, na mente, no pensamento, no coração e até no bolso. A sua aplicabilidade iniciar-se-ia para alunos que se inscrevam no 1º ano do ensino Básico a partir de um determinado ano lectivo (por favor o de 2006/2007!). 12 anos depois, será bem-vindo o 12º ano como escolaridade obrigatória. Nunca antes.

b) Realização de exames nacionais como conclusão de cada Ciclo (1º, 2º, 3º - todos os alunos e Secundário – todos os alunos (?)).
A aferição de conhecimentos é indispensável não existindo um processo melhor do que este (analogia da democracia como melhor regime?!?)
A dispensa dos mesmos dever-se-ia considerar já que funciona como uma justa recompensa para aqueles que se esforçaram o suficiente para tal. Poder-se-ia, eventualmente, exigir o exame de 12º apenas àqueles que demonstrassem vontade de continuar o seu percurso académico (descongestionava o trânsito…).

c) Abolição da avaliação contínua.
É natural, se acompanhamos um aluno durante, pelo menos, um ano lectivo, que a sua avaliação seja contínua. É lógico. Está para além de qualquer imposição. O problema surge quando, por variadíssimas razões, uma cada vez maior minoria não realiza um percurso regular. Desempenhos descontínuos não concordam com avaliação contínua. O espartilho da avaliação dita contínua penaliza e sobrevaloriza sistematicamente, perpetuando, assim, uma possível situação de sorte ou azar. Para além disso, promove uma atitude de mau aprendiz (leia-se “xico-esperto” – figura de que Portugal é pródiga) pois que o aluno, sabendo muito bem que a circunstância lhe é favorável, aprende a gerir o seu desempenho em função das classificações já obtidas. Ainda pesa o facto de retirar o direito de se gostar mais de uma determinada parte da matéria (e no neste caso, de Física ou de Química) e demonstrar mais valor independentemente de passados ou de futuros.

d) Abolição da avaliação de 1 a 5 no Ensino Básico.
Além de promover uma falsa igualdade atentatória do progresso individual (emulação saudável nunca fez mal a ninguém…), desmotivando os alunos mais conscientes (maioritariamente integrados num cenário familiar estável), mascara dificuldades que de outro modo não podem ser evidenciadas. Um 7 não é igual a um 9, assim como um 14 não é igual a um 16!).
É estranho, se não pouco inteligente, que esta avaliação (detentora de tão pouca precisão) esteja a ser utilizada precisamente no período de mais difícil adaptação e em que a aferição dos vários conhecimentos é determinante para realizações futuras.

e) Diminuição do poder reinante das ditas “Ciências” da Educação.
Estamos fartos da sua linguagem (em jargão – o “eduquês”) oca em conteúdo e pródiga em forma que impõe uma pedagogia (à laia de ciência) desajustada, aborrecida e, sobretudo, não eficaz. Porque se o tivesse sido o panorama não seria este.
Não é difícil errar. Até é humano… O difícil é aprender com os erros e revertê-los a nosso favor. Tentativa e erro – outro método científico emprestado a quem quer ser ciência. Que se faça uma análise científica e se tirem conclusões, também elas, científicas.

Acabemos com as “estratégias de remediação”! (até o computador assinala o erro…)
Um início saudável de vida raramente precisa de remédios sistemáticos; apenas de ajustamentos e de algumas adaptações. Vacinemo-nos.

Apesar de esta medida exigir um apreciável investimento económico, atrevo-me a propô-la:

f) Criação de escolas técnicas e profissionais alternativas.
Atendendo à vontade, habilidade, capacidade e até arte de trabalhar com as mãos, fundar-se-iam escolas para formar uma carteira de profissionais qualificados tão necessários ao país.
Além de substituir o sistema de mercado paralelo de “biscates nacionais sem factura” e sem possibilidade de controlo, seria um processo honroso de dignificar todas as profissões (que tal um móvel único, de qualidade ímpar realizado por um bacharel carpinteiro?) Só poderemos primar pela qualidade pois que pela quantidade, logicamente, não conseguimos.

Programas extensos e ambiciosos (não de per si, entenda-se, mas por suporem um background razoável) que não comportam o tempo que devíamos dedicar ao laboratório, salas de aula feias, frias no Inverno e quentes na Primavera, já com mobiliário desajustado na sua volumetria, turmas grandes e heterogéneas (em Espanha, reduziram o número de alunos/turma – benefício evidente na aprendizagem e diminuição do desemprego dos professores – será que não podíamos copiar?!?), e um nunca mais acabar de outros factores, contribuem para que a energia se degrade, i.e., diminua o prazer de aprender e de ensinar.



Contribuem para a ilusão de se poder viver do dever cumprido prestando o serviço de ensinar utentes filhos de outros utentes de outros serviços constituintes de uma sociedade cada vez mais mercantilista.

Recusemo-nos a ser mais um na linha de montagem destes tempos pós-pós-modernos. Depois de enformados é só fatiar e embalar. Estamos prontos a ser consumidos.

Consumidos é uma palavra suave para traduzir o que me vai na alma: A nova aposta na Educação é apenas um processo de poupar dinheiro.

Respeitem-nos.
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Re:Pessoas que se comportam eticamente são mais raras - 12/08/06 16:08 Hoje, na realidade das escolas, professor que faça o que é suposto ser seu dever, e o faça bem, fica marcadao! Se se atreve a fazê-lo uma 2ª vez já ninguém lhe perdoa. Estas são as pessoas que ainda se conseguem comportar eticamente, eu diria, as que são sobreviventes de um sistema que foi permitindo a instalação da irresponsabilidade e valorizando esta. Ética nas nossas escolas? Comportar-se eticamente dá demasiado nas vistas, faz perceber melhor que a maior parte não cumpre, e, por isso, quem se atreve a comportar-se eticamente bem é um alvo a abater! É extremamente díficil ser-se bem comportado. Há muitos muitos anos era o contrário, quem se portava mal era uma raridade, e era uma erva danhinha, agora as coisas estão invertidas. Se não vejamos: porreiro é o professor amigo dos alunos, e não aquele que pretende ser mestre e fazer da sala de aula um local de trabalho por excelência; é aquele que se preocupa com os problemas dos alunos, os seus amores e desamores e que até faz reporte às suas vivências para dar um ar de mais compreensivo; é aquele que está atento aos problemas familiares e os entende, e entende que se o aluno não dá mais é porque está cheio de problemas e, por isso, não vá também a escola castigá-lo mais na vida!.... É aquele que o sistema exige que seja Psicólogo, Psiquiatra, Conselheiro, Pai, Mãe, ....
Com tudo isto já não sei, afinal, qual é a função do professor na escola.
Tenho a certeza de uma coisa: se cada um desempenhasse bem a sua função isto não estava tudo baralhado; quando se pretende que os professores desempenhem funções que não aquelas para os quais foram formados está tudo estragado!
É muito lindo defender que os alunos também devem ser escutados e tidas em consideração as suas opiniões! Que lirismo! Sobre a educação? sobre a avaliação? sobre os programas curriculares?... Dou aulas há 20 anos e sei tão pouco de educação, avaliação, o que é melhor ou pior em educação..... os alunos, na minha opinião, primeiro têm que ser ensinados (também a aprender e sentir que para dar opiniões válidas em matéria de educação é preciso estudar e aprender (muito) primeiro). Com tudo isto invertido, de facto, o ser eticamente correcto é extremamente díficil e só pode ser uma raridade.
Goreti
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Re:Escolas, Professores e Outros Profissionais - 06/10/06 14:10 A escola hoje em dia, em Portugal, mas não só, é avassalada por um discurso medíocre que tenta impor, principalmente através das "Ciências de Educação", todo um programa de banalidades e "ompetências", unicamente virado pra o mercado.

Este mercado é dominado por dois vectores. Um é o da socialização, que apregoa as virtudes do "multiculturalismo" e do adequado em termos de comporetamento individual. Esta componente terapêutica, pretende generalizar determinados comportamentos e atitudes, de forma a integrar todos os indivíduos como consumidores. Sob a capa da "diversidade" e da "tolerância", impinge-se um gosto pelo pechisbeque, nivela-se o gosto estético e atenua-se o sentido crítico. Um rap vale o mesmo que uma cantata de Bach, uma piada do Gato Fedorento rivaliza com Wittgenstein.

Num outro vector, incentiva-se a aprendigagem de "competências", qualquer coisa de importante, na perspectiva do mundo empresarial. A metodologia do McDonald´s reina na programação e avaliação das competências que a escola é suposta transmitir aos alunos-como-futuros-empregados. Isto é, qualquer aluno que saia da escolaridade obrigatória deverá saber trabalhar com um PC (na perspectiva do utilizador), ter boas maneiras e respeitar os clientes (mesmo que sejam de outra etnia), saber balbuciar algumas perguntas e respostas, saber ler um anúncio de jornal (e a ementa) e ser cumpridor do horário de trabalho. Nesta mesma lógica, se alargarmos um pouco estas competências, termos o aluno ideal universitário e mesmo o representante-deputado ideal da Nação.
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Professores; alunos e escolas - 18/10/06 21:10 Antes de qq comentário por minha parte, gostaria de cumprimentar os intervenientes neste forum, espero que sejam verdadeiros nos seus comentários....

Bem falo na qualidade de pai e encarregado de educação, de facto é compreensivel o facto dos professores no seu tempo de carreira, terem de efectuar várias deslocações para exercer a sua profissão, aquilo por que acreditam e lutaram por um futuro. Concerteza que a remuneração não reflete esse sacrificio...., poderiam ter escolhido outra profissão!

Nos caso mais recente, greve dos professores, um direito que lhes assiste, e os alunos também não t~em o direito às aulas, como serão compensados pelo tempo não utilizado para cumprir o plano...!

Já fiu aluno, concerteza que não vi a educação como agora, mas sinto que os cidadãos não têm um voto na matéria, serão sempre subjugados ao poder politico, e quando de tenta mexer em dterminados "feudos" instalados..!

Será que os professores têm medo de serem avaliados, de terem a sua progressão na carreira dependente também desse factor, ou acham que nas profissões privadas isso não acontece.

Como encarregado de educação, vejo todos os dias a falta de vontade em ensinar, a baixa médica, às vezes sem justificação mas permitido...!
A falta de cuidado e paciência em educar e motivar os alunos, o professor é um lider, como tal tem que formar os seus "disciplos", concerteza que em situações por vezes adversas, a educação também se faz em casa. Mas a motivação é a chave para o sucesso...!

Concerteza que dou os meus parabéns aos professores, que apesar de tudo conseguem ter sucesso e marcar para toda a vida as memórias nos alunos, quem não as tém..!

Não sei se este comentário/desabofo vai ser publicado, mas é uma tentativa, quanto à melhoria da educação, ainda faltam muitas mudanças, não existe uma saida, existem várias, apenas precisam de ser testadas...!
M cumprimentos
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