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Gestão corporativa - 21/06/06 19:06 Estive no debate de Viana do Castelo.
Era sobre a aprendizagem ao longo da vida e uma das questões que lá levantei teve a ver com a validação da experiência num contexto profissional concreto.
Lanço um desafio de pesquisa a quem for capaz de me responder e a propósito da expressão GESTÃO CORPORATIVA que foi utilizada no texto anterior.
Quantos são os gestores de escolas portuguesas do ensino básico e secundário que fizeram alguma formação para o serem?
Quantos só o são porque já o foram?

O DL 115 previa prioridade à formação e só permitia validar a experiência como requisito em condições estritas e porque transitoriamente se previa que demoraria algum tempo até haver gente formada para gerir.
Aliás, a validação da experiência obrigava a que os candidatos tivessem um mandato completo (isto é 3 anos).
A prática diz que as DRE aplicaram a seguinte receita:
Como nas escolas não apareciam lideranças (e na resposta que me deu a Senhora Ministra tem aí razão) a DRE nomeava, aproveitando um alçapão legal (que diz que para uma Comissão Provisória basta ser profissionalizado) e chegou-se ao ponto de para o Norte se ir buscar ao Sul. No poder os nomeados (não habilitados, entenda-se) ganhavam futuras eleições na base de que não aparecia ninguém e, pronto, sem nunca estudar uma linha de gestão (e esta área há muito deixou de ser uma arte que se aprenda só na prática), ei-los habilitados para o resto da vida. Dada a sua grande experiência antevê-se que venham a ser nomeados num futuro sistema sem eleições. Há casos de pessoas que não dão uma aula há 10 anos e no total há quem nem 3 tenha leccionado.
Nem curso, nem experiência docente, nem mandato completo de 3 anos, nem nada.... E será isto, se não houver uma pausa para pensar a futura gestão profissional. A proposta em debate no Parlamento (do PSD) prevê na prática abolir as eleições e fazer nomeações nas assembleias de escola... Mas falha ao não precisar os requisitos para se chegar a ser nomeado. E o problema não está na origem da legitimidade está na formação e experiência prévia para a função. Acho que isto merece discussão e gostava de a ver animada.
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